Páginas

31/03/2008

16 Derrota Solitária

Perder para o Botafogo é triste. Não pelo time do Botafogo, que é de boneca e de chorão, mas é bom de bola. Lúcio Flávio, Jorge Henrique e Zé Carlos formam o melhor trio entre os times de pequena/média expressão do Rio de Janeiro (aqueles que conquistaram menos de 20 Estaduais).

O placar do jogo de ontem foi justíssimo – na verdade seria mais justo ainda se o Botafogo (reparem que nem estou chamando pelo nome verdadeiro, “Canil”) tivesse feito mais gols. Mas eles têm medo e recuaram depois do segundo. A torcida deles ficou muda quando o esquadrão tricolor formado pro Fabinho-Romeu-Maurício-Davi (meu Deus!) diminuiu e quase empatou.

Deve ser o cansaço da viagem intermunicipal, afinal vir lá de Niterói não deve ser mole não.

Perder para o Botafogo é triste, volto ao tema. Triste porque a sacanagem é o que motiva o futebol, é o que alimenta as discussões de ARQUIbancada e BAR. Mas, vejam vocês. Findo o jogo, nada. Nenhuma ligação desaforada de amigo bêbado gritando “fooooooogo” na minha caixa postal. Nenhum SMS, por mais econômico em palavras, com um simples “créu”. E, hoje de manhã, liguei o computador na esperança de um e-mailzinho que fosse... mas nada.

Como é triste perder pro Botafogo – parece que perdi do Bangu, do Emelec ou do Sparta de Praga: ninguém me sacaneia! Ainda bem que encontrei meus amigos “adoradores do tinhoso” e “assadores de pão” depois do jogo, porque só ali me senti vivo de novo, numa discussão acalorada: eles defendendo o Emelec, quero dizer, o Botafogo, e eu brigando de volta. Aí sim, viva o futebol!!!

Observação tática: peloamordedeus, o que é o Gustavo Nery? E o que é um meio-de-campo com os quatro cabeças de bagre que listei acima? Isso é uma afronta ao futebol. Manda pro Vasco rápido, porque lá todos eles têm vaga, ao lado do Jean, do Beto Licor e do Rafael Moura. Na arquibancada, ontem, formamos um meio-campo tranquilamente melhor do que esse: Chicão-Tavares-eu-Victor Machado. Só não corremos pra pedir uma vaga na “de fora” porque corria o risco de aplicarmos mais um 7 a 1, ou, pra não ficar muito longe na memória, um 5 a 0 como foi o baile do Vômário só há alguns aninhos...

4ª tamo aí. E nas semis também. Mas sem Romeu e Gustavo Nery, nem no banco, pelamordedeus!

Saudações Tricolores.
Fábio Sá - Fluminense

30/03/2008

1 Nuvem Negra


Acabou. Graças ao meu bom Deus acabaram os jogos contra o times pequenos, e acabou da mesma forma que começou, com derrota. Campeonato mais sem graça de todos que já vi, nem o de 2002 que só uma torcida diz que viu, deve ter sido tão chato.

Hoje começou a campanha do Dinamite nas ruas de São Januário pela presidência da Colina. Adesivos, camisas, carro de som (quando eu achar a letra da música coloco aqui no Arquibar FC, só lembro que era engraçada, típica de um vereador de cidade pequena), só faltou o corpo a corpo beijando as crianças.

Além da derrota em campo, hoje a torcida protagonizou mais uma urubuzisse, saindo na porrada, típico da torcida rubro-negra.

Agora é brigar na Copa do Brasil, quinta tem Bragantino, ou rezar e muito no carioca. O time que ainda não ganhou nenhum clássico, tem que ganhar todos. Por ordem, que venha o Bragantino e que o Morais humilhe mais um, e principalmente, que o técnico monte um time digno da camisa que veste.

Antes do Eurico sair, quero que esse técnico vá embora.
Gustavo Pessôa - Vasco

28/03/2008

2 Bombeiro x MTV


Quando vi essa notícia na home do Globo.com, não pensei duas vezes:

Fluminense, ole ole ole. Ole ole ole. Ole ole ole!

Gustavo Pessôa - Vasco

27/03/2008

2 Don Juan


Esse deveria ser o título se o capitão do urubu fosse o camisa 6, mas quem comprou entregou os presentes foi Fabio Luciano.

Seria ele o último romântico? Nada disso, todo mundo sabe como se compra uma mulher, como se conquista e como conseguir tudo dela – com presentes.


No mundo da arbitragem as mulheres são menos caras que os homens, então flores e chocolates fazem parte da nova política rubro-negra de bom, bonito, barato e comprável. Quando virar moda só com jóias e apartamentos.

Explicado assim a goleada pra cima do Friburguense.

Agora gostaria de saber quais foram os mimos para os Beltramis da vida.

Gustavo Pessôa - Vasco

26/03/2008

2 Mãe Dinah à Bolognesi

Temos uma Mãe Dinah no blog.

Assim como o profeta descabelado Eurico, seu pupilo não costuma acertar seus chutes, seja na pelada, seja nos bolões. Reparem no post do dia 20 de março. Nosso amigo, como sempre se preocupando mais com o Flamengo do que com seu próprio time, colocou vitória de 1x0 para todos os times que jogavam em casa no grupo 4. Menos, é claro, para o Bolognesi contra o Cienciano, pois seria exatamente este o resultado que determinaria a eliminação do Flamengo.

Vou até colocar a imagem aqui novamente.
Eu acredito que no fundo, no fundo, nosso amigo tinha certeza que o Bolognesi ia arrancar 2 pontinhos do Cienciano. Mas ele não pode dar o braço a torcer, assim como o Eurico, por isso fica contando com o chopp antes da final.
Belíssimo resultado para o Flamengo esse empate. Eu não acredito na vitória do Flamengo em Cuzco mas, depois do empate de ontem, acredito muito na classificação. Afinal, pegaremos o Bolognesi eliminado na última rodada enquanto Cienciano e Nacional se matam no Uruguai.
E nosso amigo Mãe Dinah, como sempre, vai secar. Afinal, há 5 anos começava a maldição da letra do Leo Lima. Desde então, tudo que o nosso amigo faz é secar os outros times.
Fernando Lima - Flamengo

0 Uma obra de Carlos Augusto Broke Black Mountain


Será a trilha sonora feita pela banda EMO do Rafinha?


Fonte: kibeloco

João Paulo Sá- Flamengo

24/03/2008

2 Domingo de Páscoa


Minha família nunca foi lá muito de fazer questão do almoço de páscoa. Nenhum de nós é ligado em religião, igreja, festas de santos, coisas assim. Por isso, o domingo de páscoa sempre foi mais uma ocasião legal pra ver a família – primos, tios, avós – do que um momento sério de contemplação e coisa e tal.

Lá em casa, religião se chama Fluminense, igreja é Maracanã, a terra santa fica na relva abençoada das Laranjeiras, benzida pelo papai do céu lá de cima do Corcovado. Por isso, nada melhor num domingo de páscoa do que um jogo do Flu. E, melhor ainda se o “almoço” do dia for bacalhau, como manda a tradição.

Disseram ao longo da semana que o bacalhau tinha espinhas, vinha todo nervoso por ter se sentido destratado por nós. Logo eles, comandados pelo agora ex-presidente e já há muito ex-deputado, ex-croque e ex-croto, aquele mesmo que infesta nosso futebol carioca com seu cancerígeno modo de ser – pois bem, logo eles, querendo passar por “bastiões da moralidade”.

Pelamordedeus, vão chorar pra cima de outro. Lá no canil eles devem abrigar o choro de vocês, afinal, estão de olho no Leandro há tempos. Mas o Leandro, agora, é tricolor, como pregaram as vozes de milhares de iluminados tricolores presentes no almoço de páscoa desse domingo. E Leandro, tricolor, festejou nossa vitória contra a portuguesada.

Assim como eu, garfada após garfada desse bacalhau que já não bota medo em ninguém.

PS: mais um jogo, mais um pênalti. E nem assim deu pra eles.

PSS: eles foram fregueses a vida inteira. Mas aproveitaram bem nossa década perdida e trocaram a freguesia de lado. Faltam pouco mais de 15 jogos – anotem aí: isso não dura mais dois ou três anos. Acabou, imundo. Como diria um meliante da imundície: “perdeu”.

Saudações Tricolores
Fábio Sá – Fluminense

1 Morais da Gama

Complicado torcer pro time de um jogador só. Mais complicado ainda torcer pra um time que tem como técnico um Zé Qualquer. Muito mais complicado torcer pra um time que pode ter a qualquer momento Romário como técnico.

Enfim, pelo menos não caímos pra segunda divisão.

É triste torcer pro Morais, não por ele não ser craque, até pelo contrário, ele é muito craque, joga muito. É triste (até escrever isso é triste) não ver o futebol dele sendo aproveitado, porque no Vasco não vai ser. Torço por um técnico na colina que monte um time perfeito com Morais + 10, assim vamos conhecer de verdade esse camisa 10.

Enfim, pelo menos nunca caímos pra segunda divisão duas vezes.

Se eu fosse o Morais não tocava a bola. Só rabiscava, nem ligava pros outros 10, era eu e a bola. Chutava todas, só tocava quando alguém estivesse 100% livre.

Enfim, pelo menos não foi a gente que caiu pra terceira divisão.

Agora é rezar pela Copa do Brasil, pela Sul-Americana, e por um técnico que saiba montar um time, porque esse do Madureira não está ajudando.

Pelo menos contra o time da MTV o meu time nunca jogará.

Gustavo Pessôa - Vasco

20/03/2008

0 Uma hora cai


Urubu ainda se acha. A segundo vitória mais que cagada do urubu.

No garfo que fizeram pra cima do Cienciano anularam gol dos caras, gol do urubu com bola batendo na mão. Além de ter sido um gol achado, famoso espírita.

E ontem dois gols típico de time desesperado. O primeiro depois de um erro, repito, erro horroroso do próprio autor do gol, não errou por pouco não, errou feio.

O segundo, no estilo pinball. Bate na cabeça, bate na trave, bate na canela e entra. Beleza, não existe gol feio, feio é perder gol. Mas feio é ganhar assim e reforçar o discurso: “o Boca se classificou assim e foi campeão”

Desde quando campanhas se repetem? Isso é discurso de quem não entende de futebol. O Boca ganhou no ano passado com um time arrumado, que sabe jogar, não parte no desespero. Fez péssima campanha na primeira fase porque jogou alguns jogos fora de casa com time reserva.
Se você, amigo urubu, acha que será campeão, me procure. Tenho uma aposta só pra você!

Em tempo de choro e aposta: Em quantos dias Kleber Leite começa a chorar que não quer jogar na altitude?

Gustavo Pessôa - Vasco

18/03/2008

2 Gávea ou Febem?

O que o Toró tem contra uruguaio? Desde que deixou as Laranjeiras a caminho da Gávea deixou claro seu caráter. Bate em criança, dá chute na cabeça de goleiro no chão... Lugar de trombadinha é na imundice mesmo.

Ontem estava saindo do trabalho com uns amigos pra jogar o futebol clássico de toda segunda-feira. Quando chegamos perto do carro vimos o vidro quebrado. “Que merda!”, reclamou o dono do carro. Quando abriu a porta o pivete ainda estava lá dentro tentando roubar o som. Saiu do carro gritando: “Perdi, perdi”. Em seguida tentou fugir.

Um de nossos amigos conseguiu alcançá-lo. Antes da viatura chegar pra levar o trombadinha, perguntei o time dele. A resposta? Ah, vocês já sabem...
Victor Machado - Fluminense

17/03/2008

1 Jorge Henrique


Quando é que o Tribunal de Justiça Desportiva vai punir essa personificação da mediocridade botafoguense?

Um cara que, assim como o time que defende, tem talento, pode conquistar algumas coisas ao longo da sua carreira, mas ao invés de jogar futebol e de disputar de igual pra igual com seu adversário, prefere se fazer de vítima do primeiro ao último minuto de jogo.

A patética pirueta dada no primeiro minuto da partida sem que o Jônatas sequer tivesse encostado em seu corpo foi só o início de outra peça teatral que ele vem se acostumando a fazer pelos estádios do país. 90 minutos de saltos, cambalhotas, cabriolas e pinotes regados àquela cara de pedinte de esmola de porta de igreja.

Sem delongas, o TJD deveria perceber que é esse tipo de comportamento que na maioria das vezes gera as confusões em que trocentos jogadores são suspensos.

Cortem o mal pela raiz.
João Paulo Sá - Flamengo

8 Clássico é clássico

Como já foi dito aqui, esse campeonato está meio sem-graça. Estamos jogando o famoso “me engana que eu gosto”. Mas sou obrigado a confessar que quando saiu de São Januário como sai hoje, com uma goleada, gosto de ser enganado. Mas semana que vem tem clássico.

No Rio existem dois times grandes e dois times médios. Com isso temos dois clássicos, o Clássico dos Milhões e o famoso Clássico Vovô.

Mas esse ano outros dois clássicos estão chamando mais atenção das torcidas: Vasco x Fluminense e Flamengo x Botafogo.

Sobre o urubu e a cachorrada eu não posso falar nada. Não vi o jogo de hoje e só sei que eles estão querendo se comer dentro de campo. Enquanto estiver saindo cartão vermelho e sangue, quero mais que eles joguem entre si mesmo.

Vasco x Fluminense versão 2008 também vai ser diferente. Quando pergunto aos meus amigos da colina é na ponta da língua: “Quero pegar o Fluminense”. Não tenho dúvidas que o principal culpado por essa gana é Leandro Amaral, mas ele não estará em campo, logo nesse jogo que já tínhamos um cartão vermelho guardadinho pra ele.

Vilson, camisa 3 do Vasco da Gama – Cartão Vermelho
Substituição no Fluminense – Sai L. Amaral / Entra Cícero

Mas o nosso advogado já tirou o mercenário de campo. E nem tomou cartão vermelho.

Este é um título que nunca teremos no Vasco

Domingo vai ser dia de Vasco x Fluminense. Clássico que eu queria ganhar por causa do Leandro Amaral, mas agora quero ganhar por causa da torcida deles. Quero começar o jogo cantando “ão ão ão, terceira divisão”, só pra eles lembrarem direitinho qual é o time deles.

Gustavo Pessôa - Vasco

14/03/2008

0 Cinco pra uma vaga


Mais um jogo fácil. Como disse meu amigo urubu, também quero logo os clássicos. Contra os times minúsculos que temos nesse campeonato só os clássicos mostraram o que é de verdade esse campeonato.

Contra os grandes é campeonato. Contra os pequenos é diversão, paga ingresso pra ver gol.

No jogo do Vasco de hoje ficou claro que uma coisa ainda me deixa preocupado: penalidades. Temos hoje no Vasco no mínimo cinco batedores - Edmundo, Morais, Tiago, Leandro Bomfim e Alex Teixeira. Sem contar q o Wagner deve treinar também, o Calisto não deve ser dos piores. Enfim, temos plantel para as penalidades.

O problema é que isso vem dando briga. Edmundo bate, coração dispara. Bola no meio do gol, mas foi gol. Será que na próxima entra? É a pergunta que sempre fica.

Outro penalti Tiago e Morais na bola. A torcida quer ver o Tiago, é interessante ver gol de goleiro. Mas o Morais fica com a bola e bate. Gol também. Mas fica sempre a dúvida, quem é o nosso batedor oficial? Quem bate melhor no Vasco? Eu não gosto muito dos que o Morais bate, 70% no meio do gol! Fico preocupado. Não tanto quando o Edmundo que abraça a bola.

Na minha humilde opinião o batedor de penalti deveria ser o Bomfim, jogador que ninguém está esperando, chega do nada, coadjuvante da festa. Bate e faz!

Comemoração de São Januário no momento do 3º gol.

Câmera & cinegrafista amadores

Mas hoje a torcida começou a gritar o nome de outro jogador que sabia muito bem bater penalti, e melhor ainda nas faltas. O Juninho deve estar pra pintar em algum time no Brasil, ídolo na França nunca trocou de time, deve saber o quanto é importante para a história de um clube. Tomara que volte pra onde será eternamente ídolo.

Ainda sobre o jogo, ganhamos de 4 x 0 do Macaé (!)
Gustavo Pessôa - Vasco

13/03/2008

0 Qual a graça?


Mais uma vitória do Flamengo contra times pequenos, mais um jogo sonolento. Essa Taça Rio não tem a menor graça para o Flamengo. Os clássicos podem até ter, mas esses jogos contra os pequenos, no Maracanã, são ridículos. A diferença entre as equipes é gigante, não dá nem pra torcer direito.

Com o time já classificado para a final do Carioca, a Taça Rio virou um treino com juiz, bandeirinha e uniforme. Alguém duvida que os 4 grandes formarão as semifinais? Aí sim a Taça Rio terá graça, pois clássico é sempre maneiro.

Desde a quarta-feira passada que estou preocupado com o Nacional. Depois da partida lamentável em Montevidéu, só penso no jogo de volta. Estamos numa situação bem complicada, então quero que a primeira fase da Taça Rio se exploda pois sei que, mesmo se perder os clássicos, o Flamengo estará nas semifinais. Aviso pros amigos que os ingressos já estão à venda, mas faço um pedido: quem curte assistir jogo na televisão, continue sentado no sofá, pois você não vai fazer a menor falta no Maracanã.

Domingo estarei no Maracanã, em mais um jogo contra time pequeno, em mais um treino para os reservas. E podem colocar o bandeirinha de ontem pra bandeirar o ataque do Flamengo nos dois tempos, assim nenhum arco-íris vai chorar depois do jogo.

Fernando Lima - Flamengo

12/03/2008

1 Leandro Amaral


Foi um ídolo. O último ídolo da torcida do Vasco.

Se ele ainda estivesse no Vasco teríamos um time muito mais forte, com certeza. Leandro no Vasco jogava com o mesmo brilho no olhos que joga o Edmundo. Impossível comparar os dois ídolos, os dois jogadores, impossível. Impossível também é não pensar que hoje teríamos sim um quadrado mágico com Morais, Edmundo, Alex Teixeira e Leandro Amaral.

A cada gol do Leandro dava pra ver nas comemorações que ele era vascaíno. No Fluminense fez golaços e não comemorou com a mesma vontade.

Mas ele diz e repete: "Meu problema não é o Vasco, meu problema é o Eurico"

Quanto mais ele fala isso, mais briga ele compra. Mas eu acho que no caso dele, tem que se pensar em mais que Eurico, tem que pensar em camisa, tem que pensar em torcida, em clube. Abstrair quem está na sala de blindex escuro a direita das sociais, e pensar em quem está sentado nas escadas de concreto.

O Vasco tirou ele do buraco. Tirou ele do nada. Ninguém lembrava mais da existência do Leandro Amaral, atleta da Portuguesa que foi pra Fiorentina e chegou até a jogar na seleção.
Leandro quem?

Gratidão era o mínimo que ele poderia ter.



Não guardo mágoa de ninguém. No meu time joga quem joga bem, pode ter sido criado em qualquer time, beijado qualquer escudo. Quero ter sempre um ídolo e dez jogadores. E ele pode ser mais um jogador, e quem sabe pode voltar a ser ídolo.

Vou ajudar: Volta pro Vasco. No primeiro jogo é só virar pra arquibancada e pedir desculpas. Faz um gol, comemora com a gente na grade, beija a cruz de malta, chora na entrevista e abraça o Edmundo. Pronto!
Gustavo Pessôa - Vasco

0 Mãe Dinah


O Renato Gaúcho já passou por todos os times do Rio. No meu Vasco é verdade que foi só como técnico, mas passou na colina. E tenho uma certeza: ele aprendeu muita coisa com a máfia que comanda esses times.

No urubu aprende por observação. Lá é pivete na porta, ladrão em campo, bandido na torcida. Lá aprende a ser marginal por osmose.

No Botafogo, enfim, juro que não sei o que falar do Botafogo. A única coisa que sei é que o Botafogo é o time do meu porteiro.

No Fluminense ele aprendeu muita coisa e continua aprendendo. Uma das viradas de mesa ele era um dos protagonistas (ali fez um cursinho).

No Vasco sou obrigado a assumir que, apesar de não ter aparecido nada na mídia enquanto ele cuidava do meu plantel, um curso de especialização ele fez.


E as teorias desse curso na colina ele coloca em prática agora no Fluminense. Leandro Amaral, Conca, Dodo, Thiago Neves. Tudo obra do técnico/aliciador tricolor.

Agora tem uma coisa que só se aprende no Fluminense, duvido que ele tenha visto isso em algum outro time do Rio, “brincar com bola de cristal”. Ai quando a gente fala que tem um time de maaaacho, que usa três cores, gosta de pó-de-arroz, pessoal fica chateado.
Gustavo Pessôa - Vasco

11/03/2008

0 Clássico Peruano


Tricolores, nem se animem, não é um post para vocês!

É pra você urubu! Vai torcer pra quem? Qual time vai tirar sua vaga esse ano? Segundo os matemáticos, se o Cienciano levar o clássico a libertadores fica complicada pro lado do urubu.

Eu torço pro que for pior para o Flamengo. Quero que o Cienciano leve o jogo de hoje e a vaga, junto com o Nacional. Se for preciso que entre com mais gandulas em campo.

Gandula é mais honesto que os juízes rubro-negros!

Aproveitando que o assunto gandula ainda não acabou, a origem do nome foi em homenagem a um argentino ruim de bola que jogava no Vasco. O coitado era tão ruim que nunca era relacionado para as partidas, sempre quando a bola saia de jogo Bernardo Gandulla saia correndo pra buscar a bola e assim “fazer parte” do jogo.
Quando ele voltou pra Argentina, seu nome ficou.

Sabíamos que essa história tinha alguma coisa com o Vascão.
Gustavo Pessôa - Vasco

Atualizando: Cienciano 1 x 0 Coronel Bolonhesa. :-)

10/03/2008

4 Forca Dodô


Pode até parecer cruel, mas o destino se encarrega de colocar as coisas em seu devido lugar. Nenhum torcedor, mesmo os tricolores, tinha dúvida de que o Leandro Amaral era um traidor. O cara fez juras de amor ao Vasco, disse que só sairia da colina se fosse pra ir para o exterior e logo depois saiu para um dos maiores rivais.

Agora o Dodô afunda a cabeça igual o Renato Augusto. Tenho certeza que, no caso do Renato Augusto, muita gente pensou: “Porra, coitado do moleque, que azar.” Assim como muita gente pensou: “Bem feito, mais um desfalque pro urubu”. Agora, no caso do Dodô, acredito que a grande maioria dos não tricolores não se solidarizou com o dopado. Eu não tenho pena nenhuma. Ficou mais do que provado que o cara se dopou no ano passado, e até os tricolores achavam que ele deveria ter sido punido. Mas não foi, e agora, quando voltava a reencontrar o bom futebol, o Dodô quebrou a cara. Espero que assim que volte, quebre de novo no julgamento do Tribunal Arbitral do Esporte.

Sobre o jogo da Taça Rio, não vou nem comentar, pois só o que vale são os clássicos e a fase final. Não dá pra comemorar uma vitória contra os times pequenos sem que eles possam jogar em seus “alçapões”. Era a grande graça do Campeonato Carioca: jogo contra o Bangu em Moça Bonita, com narração de Januário de Oliveira, jogo em Madureira às 15:30 de quarta-feira, isso era muito maneiro.

O que vale destacar na rodada é como 8 mil pessoas em São Januário deixam o estádio lotado e 8 mil pessoas no Maracanã deixam o estádio deserto.
Fernando Lima - Flamengo

0 Força Dodô


Fala Playboyzada!

Difícil comentar a vitória tricolor depois de receber a notícia que o Dodô está fora do Carioca e primeira fase da Libertadores. Com muita sorte na recuperação, ele pode voltar nas oitavas de final. Porém, com o risco de ser suspenso logo depois, pois será julgado pelo caso do doping do ano passado. O time que não sabia como armar seu ataque com três grandes jogadores, agora sofrerá com apenas um: Washington.

A incompetência da diretoria tricolor levou o time a essa situação. O fato ocorrido nesse final de semana é pura falta de sorte. Ninguém é culpado. Nem o cabeça de bagre que errou a cabeçada e acertou o Dodô. Mas é uma punição ao fato de a diretoria ter começado a temporada com dois jogadores correndo o risco de desfalcar o time por motivos judiciais.



Como um time se prepara pra competição mais importante que vai disputar nos últimos 30 anos contratando uma dupla de atacantes para serem as estrelas do time e que correm o risco de ficar suspensos ao longo da competição? O Dodô inclusive já tinha julgamento marcado e se for suspenso não joga a partir das quartas de final da Libertadores.

Não tenho opinião formada sobre quem é o melhor substituto para o Dodô. Sei que não temos mais nenhum atacante para jogar ao lado do Washington e não acho que o Cícero deva jogar na frente. As duas melhores opções são: 4-5-1 com Cícero dando mais força ao meio de campo ou 3-6-1 com o Roger entrando pra compor a zaga. Em ambas, os laterais ganham mais liberdade para atacar. Até porque, nenhum dos dois marca muito bem.

Tabelinha Tricolor:
Força Dodô! A nação tricolor está torcendo por você.
Victor Machado - Fluminense

08/03/2008

0 Gol toda hora

Difícil escrever no blog depois de uma típica tarde vascaína.

São Januário lotado. Não esperava, chegava ao estádio e o bar do lado de fora já passava o jogo na televisão, eram oito do primeiro tempo, 0 x 0, placar que figurou nosso placar eletrônico até o fim do primeiro tempo. Comprei o ingresso, entrei fácil e quando olho, arquibancada tomada. Depois nosso mesmo placar mostrou que tinham oito mil lá dentro. Será?

Enfim, falar do pênalti do Edmundo? Deixo pra ele:



O que sem sombra de dúvidas marcou essa tarde em São Januário foram as lágrimas do folclórico Viola.

Substituído por um Zé Qualquer do Caxias, Viola fez o caminho natural do meio do campo até o vestiário. Foi homenageado pelas sociais, pelos guerreiros, pela ira, pela força. Pelos vascaínos. Tenho certeza que ele hoje torce ainda mais pro meu Vasco.

Criando um tópico único sobre o Viola não posso deixar de citar os 45 minutos mais emocionantes do futebol mundial. Ele entrou em campo quando estava 3 x 0. Quando acabou, ganhávamos de 4 x 3. Todo mundo lembra do Romário e dos Juninhos naquela final da Mercosul, mas o Viola foi, sem dúvida, um dos jogadores mais importantes daquela histórica vitória.

Só pra deixar registrado, ganhamos de 2 x 0.
Gustavo Pessôa - Vasco

07/03/2008

0 La ‘Imundície’ Bailó el Créu Uruguayo

Um enviado especial da cúpula tricolor, o pequeno torcedor Nicolas, morador de Copacabana e sócio das Laranjeiras desde pequeno, abriu caminho para mais uma atuação vergonhosa da equipe do tinhoso em terras estrangeiras.

Após o baile que levaram dos Thundercats no Defensores del Chaco no ano passado, dessa vez o algoz foi o poderosíssimo Nacional, que lotou sua enorme arena com 12 mil pagantes. O bravo Nicolas foi incumbido de dar um fio-terra no marginal Toró, aquele mesmo que foi acolhido em Xerém sem ter o que comer em casa e depois virou as costas pro clube optando por juntar-se à quadrilha peçonhenta. Toró adorou, mas ficou envergonhado e empurrou o pequeno grande guerreiro, causando sua expulsão e o colapso do potentíssimo time imundo.

A equipe levou um sapeca ia-iá bonito e voltou pra casa com a cabeça inchada, ao som do “baile del créu uruguayo”, música ensinada pelo Nicolas, fã do Créu-Original Thiago Neves.

Meus amigos framenguistas estão me dizendo desde o ano passado que “torcem para o Fluminense passar, pra gente se encontrar lá na frente”. Bom, eu torço também, mas só não sei aonde vai ser esse “lá na frente”... Até agora eles têm um empate contra o esquadrão bolonhesa e uma vitória pra lá de suspeita sobre a filial peruana do canil, o ciencianus. Agora pergunto: o grupo da morte não era o nosso?... Como diria Gal Costa: “Toró, mostra a tua cara”! Uma vez bandido, sempre bandido.

Fábio Sá – Fluminense

06/03/2008

1 Noite de Gala

Fala Playboyzada!

Acordei nessa quarta-feira e antes de sair para o trabalho peguei minha cartola tricolor. Estava preparado, pois o Fluminense jogaria no Maracanã e a noite prometia. Por onde eu passava a previsão era unânime: “hoje é um dia histórico”. Nos canis, nas padarias e nos bancos das pracinhas ou nos cantinhos embaixo dos viadutos só se falava nisso. A cachorrada, a portuguesada e a mulambada acertaram em cheio!

Em todos os veículos de comunicação e, principalmente, nos programas esportivos que antecederam a partida a previsão também era unânime, porém correta parcialmente: “hoje é um dia histórico” e “o jogo não vai ser nada fácil para o Fluminense”. Antes de começar a Libertadores todos falaram que o grupo do Fluminense é o Grupo da Morte.

A festa estava armada. A tradição do pó de arroz de volta ao Maracanã. Arquibancada lotada. Torcida que canta e empurra o time mesmo antes dele entrar em campo. A população pediu e o Fluminense acatou. O jogo tinha que ser histórico. E foi.

O Tricolor entrou em campo eletrizado pelo povo que veio te apoiar. “Vamos Fluzão, vamos ganhar” era o som que ecoava nas arquibancadas. Thiago Créu Neves colocou a bola no ângulo. Que cobrança de falta! O baile estava começando. O Fluminense foi soberano em campo. Atacava em blocos, usando muito bem as laterais e chegando na frente com até sete jogadores. Outros dois belos gols (Dodô e Gabriel) deram uma bela vantagem para o Flu descansar em paz no intervalo. Um primeiro tempo perfeito. Fizemos apenas uma falta e levamos apenas um chute na direção do nosso gol.

Enquanto isso a festa nas arquibancadas não parava. O segundo tempo foi muito parecido com o primeiro. Afinal, desde criança eu aprendi nas peladas que com 3 vira o campo e 6 acaba. Só não foi igual porque o Dodô estava pronto para colocar a cereja no bolo, a bola no ângulo. O gol mais bonito ano! Fluminense 6 a 0 no Arsenal.

Na coluna passada havia perguntado até quando o Dodô agüentaria esquentar o banco. A resposta está aí. Obrigado, Dodô. Obrigado, Eurico.

A volta da tradição do pó de arroz nas arquibancadas. O gol mais bonito do ano. E a maior goleada em partidas entre times brasileiros e argentinos na história da Libertadores. Missão dada é missão cumprida. Essa quarta-feira foi um dia histórico para o futebol.

Tabelinha Tricolor:
Será que a mulambda já está torcendo pra não ter Fla-Flu na Libertadores?

Victor Machado - Fluminense

05/03/2008

7 Hoje é dia de Fluminense

Amanhã também, e ontem e depois de amanhã.

Aliás, todo dia é dia de Fluminense. Ser tricolor é uma condição anterior ao nascimento, algo que habita no misterioso espaço criado 40 minutos antes do nada. É não entender como ficar tantos anos no ostracismo e ainda ter esse clube como razão maior do que a própria existência. É não precisar explicar nada pra ninguém, porque o Fluminense está acima de tudo e de todos.

O Fluminense não é o time da moda. Não é o time daqueles que não torcem pra time nenhum e dizem que são qualquer coisa só pra participar de algum grupo social. Não é time de colônia estrangeira, com resquício feudal escarrado no seu imundo e vil senhor. Não é time de masoquista que se acha perseguido por tudo e por todos.

Ser Fluminense é pulsar, respirar, sofrer, vibrar, chorar, amar, viver o Fluminense. É uma condição que não é pra qualquer um. Não tem ninguém que ‘esteja’ Fluminense ou que ‘simpatize’ pelo Fluminense. O tricolor verdadeiro é único, é puro, é autêntico, é guerreiro, é fiel, é consciente da sua superioridade para com a imundície, a portuguesada e o canil.

É formar uma seleção com Castilho; Edinho, Carlos Alberto, Pinheiro; Branco, Delei, Gérson, Dirceu, Rivelino; Paulo César e Assis e desafiar qualquer molambo a formar uma que ouse pisar em campo contra essa.

A história ensina que a imundície é time de um jogador só, que aliás nunca ganhou nada pela seleção, amarelando em 82 e 86; a portuguesada tem como maior ídolo um atacante trombador que foi no máximo banco da seleção; e o canil tem até bastante vovozinho que jogou bem, mas que, como diz a música deles, não ganhou nada.

O Fluminense é maior, está acima de todos. É o time de Nelson, o maior da literatura, de Chico, o maior da música, de Havelange, o maior da Fifa, e de João de Deus. E, acima de tudo, de muitos outros ilustres abençoados, como eu. Unidos, orgulhosos, acima de todos e, independente de tudo, felizes.

Afinal, hoje é dia de Fluminense.

Fábio Sá - Fluminense

2 Os meninos

Quando a gente acha que já viu de tudo no futebol chega o dia que passa na TV algo que ninguém nunca viu: o Fluminense joga na altitude. Nossa geração vai assistir a primeira vitória do tricolor na principal competição do nosso continente. 0 x 0.

Mas de hoje não passa. Contra a forte equipe do Arsenal argentino o Fluminense joga para quebrar um tabu de exatos 13520 dias.

13520 são os dias que separam a data de hoje com o dia 28 de fevereiro de 1971, dia da última vitória tricolor na taça. Fluminense 4, Deportivo Galicia, da forte Venezuela, 1.

Mas de hoje não passa.

Não sei qual era a escalação do Fluminense nesse jogo, mas encontrei uma foto do plantel titular de 1971. Notem que na foto Oliveira, Felix, Denilson, Galhardo, Assis, Marco Antonio, Cafuringa, Didi, Flávio, Ivair e Lula (momento Milton Neves) não chamam atenção. Quem desperta curiosidade das torcidas na foto são esses dois meninos entre Cafuringa e Didi.

O mais alto hoje deve ter seus 44 anos, o baixinho 41.

Tricolores felizes, de muitas glórias e conquistas. Ou será que eles torcem hoje pra outro time? Ou será que nem são mais meninos hoje?

Gustavo Pessôa - Vasco