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28/01/2009

16 Vaza Paraíba!

Flamengo
Como pode um jogador que assinou contrato com o Flamengo em agosto de 2008 ter 800 mil reais para receber? É um absurdo a quantidade de dinheiro que o Flamengo gasta com salários. O Clube vive na penúria, vive pegando dinheiro emprestado, não tem dinheiro pra nada, mas paga salários altíssimos para a maioria de seus jogadores. O caso do Marcelinho Paraíba é apenas um deles.

O Diego, nosso goleiro reserva, mais conhecido como bracinho de jacaré, ganhava, pra ficar na reserva o ano inteiro, R$55.000,00!!!! Agora o salário dele foi reduzido. Pra ficar 1 ano assistindo jogo, tendo o privilégio de comemorar o gol com o autor dele, além de jogar bola de graça durante a semana e ficar hospedado em hotel de luxo de vez em quando, nosso amigo vai ganhar R$30.000,00!!! Eu pago pra jogar bola, pago pra ir no Maracanã e pago se quiser me hospedar em qualquer hotel. Eu tenho inveja do Diego!

Hoje, vaza o Sambueza. O argentino jogou sete jogos, mamou uma bela quantia do clube, e agora vai voltar pra sua terra natal. É impressionante, além dos altos salários, a capacidade do Flamengo em gastar mal o dinheiro que pega emprestado. Ridículo!

Agora falaram que em 15 dias vão pagar os 800 mil do Paraíba, além do salário dos outros atletas. Eu acho que não vão pagar, e mais um jogador vai entrar na justiça. E, mais uma vez, vai ganhar um belo dinheiro do Clube, que vai ter diversas fontes de renda penhoradas. Um monte de jogador já ganhou dinheiro do Flamengo. Valnei, escalado sempre nos piores times da história do Flamengo, é um deles. Se não me engano, levou 1 milhão num processo contra o Clube.

Sobre o Marcelinho, era melhor não chegar a acordo, não prometer nada, e rescindir com ele. O cara tem contrato até 2010, anda em campo, não dribla ninguém e ainda tá jogando de sacanagem. Seria muito mais lucrativo deixar ele ir embora, já que está insatisfeito.

Pensem comigo. Se o Flamengo está "apenas" com 13º e salário de dezembro atrasados, quanto o Paraíba ganha por mês e quanto ele tem a receber de luvas?

Fernando Lima - Flamengo

27/01/2009

8 O que é paciência?

Vasco

Muda prefeito, muda presidente do clube, mas a bagunça é a mesma. Fui ao jogo sábado. E é impressionante como a "Cambista Party" continua. Juntemos pouquíssimas bilheterias funcionando (Tá economizando dessa forma, Roberto?), nenhum policial organizando a fila e os cambistas rindo à toa. O resultado não poderia ser outro: 2x0 para a desorganização.

Cara, eu vi uma cena lamentável. Cambistas comprando ingressos no portão do estacionamento de São Januário e revendendo muito mais caro ali fora. Como é que faz, Roberto? Tem gente de dentro do clube ajudando nessa bagunça. Se você quer ser diferente do Eurico, vender os ingressos de forma organizada e honesta é um ótimo começo.

Então, depois de enfrentar uma fila gigante que dava curva lá na Barreira do Vasco, tive que me entregar ao sistema e comprar num cambista. To errado em contribuir? Claro que sim. Mas numa história em que prefeito, polícia e diretoria do clube são os patrocinadores da "Cambista Party", o torcedor praticamente fica sem alternativa e acaba sendo o que menos contribui para essa festa profana.

Tanto que só consegui entrar no estádio aos 30 minutos do primeiro tempo. E pelo jeito não devo ter perdido muita coisa. O time adversário muito mais organizado tirou proveito. Realmente temos que ter paciência com esse time do Vasco. Um time praticamente todo novo. Mas espero que os jogadores e o técnico estejam preparados para reagir logo, porque paciência de torcida grande é pequena.

Bem, mas o que será paciência? Será esperar com calma uma melhor qualidade do time que tarda? Ou será aceitar sempre essa bagunça do futebol carioca chamada "Cambista Party"?

Leo Valpassos - Vasco

25/01/2009

9 Tudo igual

Vasco
Começou o Carioca-09. Acabou o período Elifoot do ano e agora é futebol de verdade. Graças ao Fábio Sá não vi a derrota do meu time. Vi a dele. Bela atuação na sua última pelada com a aliança na mão direita hein, Sá! Parabéns!

Enfim, começou o campeonato como todos os outros terminaram. Com alguém ajudando e a mídia maior abafando.

Se você viu o jogo, assistiu o gol mais mal anulado da história do futebol mundial. O atacante do Frizão tinha entre ele e a linha imaginária do impedimento 3 - TRÊS - desdentados com camisa vermelha e preta. Enfim, começou a robalheira.
Eu que já estava contando que levaria minha camisa do Tricolor da Serra amanhã pro trabalho, fui impedido por um amigo do Beltrami.

Gustavo Pessôa - Vasco

22/01/2009

10 Aquele Carioca de...


Aquele Carioca de 2003
Leo Valpassos - Vasco

Isso sim é um desafio. Ter que escolher um Carioca inesquecível. Poderia muito bem falar do Tri Estadual da época do Valdir Bigode ("Recordar é viver o Valdir acabou com você") e suas tabelas infernais com Yan, Dener, Gian e até Jardel! Esse sim um verdadeiro carrasco para os tricolores em 94, fazendo dois gols no seu melhor estilo: sem querer.

Mas não, não vou falar dessa época não. Deixa para os tricolores.

Quem sabe eu fale do ano do centenário! Vejam só, um Carioca que nem precisou de final porque ganhamos os 2 turnos em pleno centenário (chora, menguinho). Não teve nenhuma barriga alimentada de uma churrascaria que o símbolo é um porco (Pode fazer propaganda aqui?) para encostar na bola nos minutos finais. Porque no nosso centenário a gente teve orgulho de sobra, isso sim, para bater no peito, pressionando a cruz de malta no coração, e gritar "Eu sou campeão no centenário". E olha que aquele gol do Mauro Galvão no Bangu era só o começo de conquistas daquele ano.

Mas não, não vou falar dessa época não. Deixa para os flamenguistas.

Então resolvi entrar em minha memória, no melhor estilo "Quero Ser Leo Valpassos", desci no andar 7 ½ da minha cabeça e encontrei lá o Campeonato Carioca de 2003. Então aí segue a conversa que eu tive com um Leo Valpassos mais novo, com seus 18 anos, bem menos cabeludo e com mais saúde, é verdade. Solto o verbo aí.

"Pois é, cara. Aquele ano foi foda. Você lembra né? Tínhamos despachado o menguinho na Taça Guanabara, naquela final que eles levaram um gol do Wellington Monteiro. Os caras levaram gol do Wellington Monteiro, Leo!!! Que isso?! Com um grande passe do Marcelinho, é verdade, que jogou muito naquele campeonato.

Então depois de mais vitórias chegamos àquela famosa final cheia de personagens.

Eram 16:33, do dia 23 de março de 2003, e eu vestia minha camisa do centenário do Vasco. Você conhece bem essa camisa não é verdade, amigo? Olhava no espelho e confirmava mais uma vez como aquilo me caía bem. Batia a mão no peito e saía de casa.

Caminhava na rua orgulhoso, entre gritos de Vasco e pouquíssimos gritos de provocações (acho que os tricoletes estavam sentindo já o que ia acontecer). Ainda mais que já tínhamos vencido o primeiro jogo por 2x1. Então, continuava minha clássica andança de casa até a casa de espetáculos que meu time do coração tinha reservado aquele ano. Fogos, ambulantes, sirenes, flanelinhas e claro, cambistas. Todos estavam lá. E pareciam que estavam na mesma marcha, em direção a UERJ (que merda de arquitetura hein, Conde).

Eram 17:17, e eu tentava ser mais magro pra me infiltrar no meio daquele curral humano que é a entrada de uma torcida grande no Maracanã. E pensava: "Do outro lado deve estar tranquilo, tranquilo".

17:32, e abraçava meu amigo por termos conseguido entrar a tempo. Próxima batalha era achar lugar na arquibancada. "Haja coração!" diria o Galvão. Primeira entrada? Não. Segunda entrada? Não. Terceira entrada? Só se eu fosse um somaliano. Vigésima terceira entrada? É, é o jeito.

Agora 17:58, e tínhamos conseguido um lugar honrado na escada. Vai aqui mesmo. Meu pai e meu irmão estavam em alguma parte daquele mundo chamado Maracanã. Que naquele momento estava mais para Estação Estácio do Metrô: tendo que pegar senha para poder levantar o braço. E lembre-se que o jogo nem tinha começado...

Mais alguns minutos de ansiedade e enfim o espetáculo teve início com personagens como Samir Yarak, Léo Lima, Souza, Renato Gaúcho, Alex Oliveira e Antônio Lopes.

E logo no começo, o Djair esquece que juiz é neutro, tabela com ele e deixa a bola para o Marcelinho Carioca bater com aquela curva convexa e côncava ao mesmo tempo que se juntasse Einstein, Newton e Ubirajara (meu professor de física do terceiro ano), eles não saberiam explicar o que foi aquilo. Então o goleiro deles espalma nos pés do Léo Lima....Resultado: um gol no placar e um tornozelo torcido na escada da arquibancada de tanta comemoração.


Aí começaram aquelas confusões daquele juiz (Samir Yarak) que tinha mais nome de líder do Hamas do que de filho de uma profissional do sexo. Se bem que final de Carioca é uma guerra mesmo. Então o cara anula um gol legítimo dos tricolores e depois valida um ilegal. Tricolores, não reclamem não, que os jogadores do seu time falaram para o bandeirinha mais palavrões que uma música de funk. E ninguém foi expulso ali. Porque o líder palestino só foi expulsar quando não devia, botando pra fora o Pé-de-anjo e aquele cara que só é craque no Fluminense: o Marcão.

Só que aquele 1x1 quente, bagunçado, se animou ainda mais com o Alex Oliveira (já no Fluminense) fazendo cera na lateral fingindo estar machucado e o Antônio Lopes jogando uma bola nele. Foi errada aquela atitude? Sim. Mas que foi engraçado foi, pode admitir. Então o Samir Yarak dá um cessar-fogo no jogo, para tudo por alguns minutos. E a nossa torcida aproveita que a Globo está transmitindo e começa a cantar: "Ão, ão, ão, é o Show do Milhão"; "No ar, Domingo Legal. No ar, Domingo Legal", "Ritmo, é ritmo de festa". E depois eu fiquei sabendo, por quem viu o jogo em casa, que a Globo ocultou os microfones da torcida do Vasco. (hahahhahahahahahhaha!!!).

Deu pra ver que era só festa. E ainda faltava o grand finale. Então o jogo volta e o Léo Lima pega a bola pela esquerda. De repente ele faz um passo de tango, uma expressão corporal de algum país do oriente, um movimento digno de estudo de alguma revista de ciência, um passe que a imprensa preferiu chamar de letra. E ainda tendo o Renight como espectador de camarote.

Esse lance deve ter demorado uns 30 minutos. A bola ficou no ar por muito tempo, devagar, típica de desenho animado. E enquanto ela fazia a sua trajetória de parábola sorridente ao inverso, já que o lance deixou todo mundo de cabeça pra baixo mesmo, no melhor estilo "o que que ele está fazendo", eu gritava "Porrrraaa, Léo Lima" seguido de um "Ehhhhhhhhhhhhhh, Léo Lima, gooooooooollllllllllllllllll". Por que depois da bola durar meia hora no ar, ela caiu como um foguete na cabeça do Cadu que ajeitou para o Souza que só colocou pra dentro e fez o sinal, na sua comemoração, que os tricolores temiam. Acabou pra vocês.

É verdade que numa situação normal, aquela bola ia pra fora se não fosse o Cadu. Mas o lance foi tão maravilhoso que era capaz de o campo ser um pouco maior só naquele momento para não desperdiçar um lance tão raro.

Então tava decretado o "É campeão!!!". Taça na mão dos jogadores, cerveja nas nossas e fui comemorar uma rodada para cada herói daquele triunfo. Dá pra imaginar como zzcheguei em casa né? Feliz demais!

É, Leo e Léo Lima. Acho que é mais ou menos isso que eu me lembro."

É, rapaz. E pensar que o Léo Lima está de volta para o Carioca. Não é não, tricolores?

21/01/2009

11 Aquele Carioca de...


Aquele Carioca de 95
Fábio Sá - Fluminense

Há treze anos, eu tinha treze anos. Minha história de fato havia começado havia poucos anos, naquela fase da vida em que a gente começa a ter mais noção do futebol, a acompanhar os resultados, a sacanear e ser sacaneado no colégio. Nessa época, o Fluminense vinha de um jejum inédito na sua história, nove anos de times horrorosos e de diretorias matusaleicas e desinteressadas. A torcida via o clube trocar sua vocação de grandes times vencedores – a Máquina da década de 70, o Brasileiro em 84, e o tri em 83-84-85 – por uma triste nostalgia reforçada a cada início de temporada com o anúncio de elencos bizonhos contendo ‘reforços’ como Rangel, Márcio Baby e Ronald. O descaso das diretorias nessa época foi tão profundo, que culminou na patética seqüência de rebaixamentos do triênio 96-97-98, levando o clube ao fundo do poço, e a uma profunda reformulação em 99, capitaneada pelo tricolor Parreira, que fez com que o clube voltasse a pensar grande e a ganhar 4 títulos nos 8 anos seguintes. Mas esse é só o pano de fundo para o tema deste texto. Sobre um ano que interrompeu quase uma década de sofrimento e que, se não serviu pro clube arrumar a casa pros anos seguintes como deveria ter feito, pelo menos entrou para a história não só do Fluminense, mas do Futebol. Foi um ano rodrigueano, com certeza.

Na minha curta história particular de futebol, eu vinha de três insucessos muito recentes contra rivais cariocas, insucessos estes que me fizeram ainda mais tricolor. Perdemos em 91, em 92 e em 93. Chegávamos desacreditados, com “timinhos”, íamos ao Maracanã esperançosos de que aquele ano seria diferente, e ficávamos a ver navios (ou caravelas, se me permite uma auto-sacaneada). Então, escaldado por essas três porradas consecutivas, o início da temporada de 1995 não me trazia esperança nenhuma. Estava claro que o clube da beira da lagoa, comemorando seu centenário da atividade de pegar na madeira pra andar de barquinho, não mediria esforços para faturar o caneco e impedir o tetra da colônia portuguesa. O time que eles montaram era incomparavelmente melhor do que qualquer um dos rivais, bastando dizer que tinham dois jogadores titulares da seleção que havia conquistado a Copa no ano anterior. Não só titulares, protagonistas: um fez o gol mais importante da Copa e o outro simplesmente tinha sido eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo de 94. A contratação do Romário na época seria como se, hoje, algum clube brasileiro contratasse o Kaká ou o Cristiano Ronaldo, sem nenhum exagero, e ainda trouxesse o Pirlo junto. O Fluminense, por outro lado, apostava num jogador decadente, sem clube, recentemente dispensado pelo Galo depois de uma temporada sofrível, mais lembrado pelos jornais pela sua fanfarronice do que pelo bom futebol, que ele parecia ter esquecido depois do vice do brasileiro no Botafogo em 92. Renato Gaúcho era uma tentativa desesperada de um clube sem dinheiro, sem crédito, sem a confiança da sua torcida, de medir forças com o super-time do urubu comandado pelo Luxemburgo, com a banca tricampeã vascaína, e com o maior time da história do botafogo (com Vagner, Gottardo, Gonçalves, Beto, Sérgio Manoel, Donizete, Túlio...), que começava a ser montado naquele estadual. Ou seja, apostar no Fluminense naquele ano seria deixar clara a total falta de apreço por bens materiais.

Aquele ano começou muito difícil para o meu pai. Foi o ano em que a mãe dele, minha avó Helena, foi encontrar meu avô Luiz lá em cima. Eu não consigo imaginar o tamanho do vazio que ficou dentro do peito dele e, apesar de saber que um dia isso acontece para todos nós, é o tipo de coisa que ninguém quer pensar como pode ser, até o dia que acontece.

Meu pai é um super-herói tricolor. Já falei isso antes e repito agora. Ele criou três filhos tão tricolores quanto ele, que cresceram naquela época negra que eu descrevi lá no início. E não só a época era negra, mas o ambiente era completamente desfavorável. Na família, todos os tios torciam (torcem) pro time pegador de remo, e faziam de tudo para converter os sobrinhos. Nas ruas, ir ao Maracanã era muito mais perigoso do que é hoje em dia: todo clássico tinha arrastões, briga nas arquibancadas, torcidas correndo lá pra cima para brigarem no anel superior (“vem pra porrada, vem...”), era o inferno. E meu pai, sozinho, levava três filhos praquele caos. Naquele ano, Marcelo já tinha seus 17; eu tinha 13; e a Thaíssa, com 8, ainda curtia os clássicos pela TV, estreando com a gente no Maraca um pouco depois. Foi no Maracanã que aprendemos lições de vida que marcaram nosso caráter e serviram de exemplo para muitas outras situações de vida.

Mas vamos ao Carioca de 95. Na verdade, direto à final. Peraí, mas não sem antes passar pelos Fla-Flus daquele ano. Logo na estréia do Romário, Maracanã abarrotado, o Fluminense massacrou, ele nem tocou na bola, e o placar só não saiu do zero porque uma bomba do Djair caprichosamente explodiu no travessão. No segundo, 3 a 1; o terceiro foi 4 a 3, e essa p... bom, deixa pra lá. Mas, por incrível que pareça, o jogo mais importante antes da final foi uma virada contra o vasco, 3 a 2 com atuação de gala do ‘craque’ Rogerinho (deve ser por isso que uns e outros vascaíndos lembram tão bem dele). Ali nós matamos o vasco, tirando eles da briga pelo tetra, e exorcizamos os fantasmas dos dois vices contra eles. Foi um jogo eletrizante, e só àquela altura do campeonato é que a torcida passou a acreditar no inacreditável.

Chegamos à final. Ainda desacreditados pelos rivais, que só precisavam de um empate para levantarem o caneco e insistiam em dizer que os outros 3 jogos tinham sido atípicos, coisa de sorte. Eram 120 mil no Maraca, mais da metade de desdentados. Como o freguês tem sempre razão, a gente não discutia.

Maracanã abarrotado de novo. Ambas as torcidas muito confiantes: eles, no super-time; nós, na promessa que o Renato fez de ser o Rei do Rio. Mas, no nosso lado, a cabeça não nos deixava esquecer das tais três porradas.

Começa o jogo, e só dá Fluminense. Um baile, como das outras vezes. Bola de pé em pé, gol do Renato, mais um pra cima deles. O baile continua, e o Flu parece colocar a mão na taça com o segundo gol, dessa vez do Leonardo. Final de primeiro tempo, 2 a 0 e o time jogando pra fazer mais um monte. Mas futebol não é basquete nem vôlei nem natação, por isso é o melhor esporte do mundo. Os times voltaram pro segundo tempo e então começou outro jogo. O Fluminense, que jogou o primeiro tempo como que por música, desafinou e deixou o clube de regatas crescer. Como num enredo de teatro, aquele que era tido como protagonista resolveu dar as caras: gol do Romário, e eles descontam. Como o empate era deles, foi a senha pra torcida se empolgar e empurrar o time. Pressão monstruosa, e acontece o que a gente mais temia: gol (Fabinho), empate, 2 a 2. Depois disso, o time perdeu a cabeça e teve o Lira expulso (a expulsão do Lima foi depois). Pensei: fodeu. Já vi esse filme antes e, como mulher de malandro, estava lá para a quarta reprise. Não é possível, não tenho problema em sofrer pelo time, mas viver de sofrimento é demais, é exagero, ninguém merece, é botafoguense demais pra mim. Foi aí que olhei pro lado e vi o meu pai. Estávamos só nós dois, porque meu irmão foi com um amigo, com quem ia viajar de férias logo depois do fim do jogo e minha irmã ainda era pequena. Mas havia uma terceira pessoa ali na arquibancada, entre aquelas 120 mil cabeças, que eu não tinha visto até então. Naquele momento, meu pai foi filho por uma última vez, e pediu ajuda pra mãe dele. No barulho ensurdecedor do Maracanã, ele falou baixinho: “Dona Helena, precisamos de você”. Naquele dia, o Sobrenatural de Almeida deu lugar à minha avó.



O que vem em seguida todo mundo já sabe. Eu lembro do lance como se fosse agora, basta fechar os olhos. O Ronald deu pro Aílton e, no que o Aílton recebeu, eu só conseguia gritar “Chuta, filhadaputa, chuta que o jogo vai acabar”. E o Aílton fez que ia chutar pra uma lado, o Charles pulou, ele fez que ia chutar para o outro, o Charles pulou de novo, e então ele chutou, e a bola passou por oitenta pessoas num espaço inimaginável, e seu destino era encontrar com a linha de fundo, e o mundo seria mais injusto e triste se o destino tivesse seguido seu curso natural. Mas, naquele dia, a bola viu seu destino encontrar um cara que tinha o rei na barriga.

Nunca houve silêncio tão profundo. Nunca alguns segundos demoraram tanto. Como o lance foi na baliza do lado de lá, nós não sabíamos o que tinha acontecido, até que a torcida deles trocou o grito de “É Campeão!” por um silêncio mortal, o Renato saiu correndo igual a um louco, e o placar escreveu AÍLTON-AÍLTON-AÍLTON.

Olhei para o meu pai e, pela primeira vez, vi o homem mais forte do mundo chorando. Nós nos abraçamos, comemoramos com outros tricolores, e agradecemos a sabedoria do Homem, por escrever certo por linhas tão tortas e tão sofridas.

Uma vez freguês, sempre freguês – especialmente na festa do centenário, e com o melhor do mundo em campo.

Há 13 anos eu tinha 13 anos e vi o Bem vencer o Mal, como de costume.

Saudações Tricolores

19/01/2009

4 Aquele Carioca de...


Aquele Carioca de 2008
Fernando Lima -Flamengo

Ao contrário do que estão pensando, não vou escrever sobre o Carioca de 2001, com o gol do Pet. Esse jogo em particular é inesquecível para qualquer flamenguista, então acho que não vale escrever sobre ele aqui, pois todo mundo já conhece a história.

Então, vou falar sobre o último Carioca. Apesar da decepção 3 dias depois de conquistarmos o Campeonato, guardo ótimas lembranças do Carioca de 2008. Foi um dos campeonatos que vivi mais intensamente. Tive a oportunidade que poucos torcedores têm. Vivi o dia a dia do Clube desde o primeiro jogo até a finalíssima. Via treinos de perto, falava com os jogadores, cheguei até a descer da arquibancada e ir pro vestiário depois de uma goleada de 5x1 sobre o Duque de Caxias, onde o time jogou muito. Assisti jogos da cadeira azul, arquibancada, cadeira especial e camarote.

O Flamengo passeou na Taça Guanabara. Tirando a derrota pro fluminense (que, não sei porque, o Sá comemora mais do que eu comemoro o título), quando o Flamengo já estava classificado e lançou um time todo reserva, todos os jogos da primeira fase foram tranquilos. O time fez o dever de casa e ganhou de todos os pequenos. Mas eu lembro com carinho do jogo com o flu por uma cena raríssima. Quando acabou a luz no Maracanã e a chuva caía bizarramente, Raça e Jovem se juntaram e ficaram cantando juntas. Inesquecível!
Na semifinal da Taça GB, o vasco abriu o placar com o Allan Kardec, que ficou todo serelepe. O capita empatou e no início do segundo tempo o Edmundo perdeu um pênalti (novidade). Quando eu já achava que o jogo ia pros pênaltis, o Angelim deu uma cabeçada meio estranha, que bateu na trave, quicou na linha e pegou um efeito pra dentro do gol.



Na final, um jogo tenso, contra o botafogo. Esse, pra mim, foi o jogo mais emocionante do Flamengo em 2008. Eu tinha bebido pra chuchu e sempre fico no primeiro degrau da arquibancada amarela, no setor 40. Com uns 20 minutos de jogo, me deu uma vontade sinistra de mijar, e um amigo meu me avisou: “Moleque, se tu sair agora tu não vai conseguir voltar”. Mas a vontade de mijar era maior. Fui pro banheiro e nesse momento o Flamengo tomou o gol. Como a torcida do fogão é enorme, nem ouvi o barulho da comemoração. Quando voltei, o 0x1 era uma novidade pra mim. Como fui avisado, não consegui mais entrar de volta pra arquibancada. Passei o resto do primeiro tempo em pé, em cima do corrimão do túnel de subida pra arquibancada, tomando uma cerveja e assistindo o jogo no telão, que era a única coisa que eu enxergava.

Terminado o primeiro tempo, mijei de novo e voltei pro meu lugar. No segundo tempo começou a chover muito. Quem me conhece sabe que eu sempre vou pro Maraca de chinelo. Quando saiu o primeiro gol do Flamengo, de pênalti, escorreguei e caí comemorando o gol. Depois disso, tirei o chinelo e “guardei” ele entre duas cadeiras amarelas. Novamente, quando parecia que o jogo ia pros pênaltis, o Flamengo tirou uma bola da área. A bola foi pro Angelim na esquerda, que lançou o Kleberson na direita, já no campo de ataque. O Kleberson deu a bola pro Leo Moura, que tirou um cara e tocou pro Tardelli. Na moral, aquela bola flutuou. Pareceu uma eternidade até ela bater na rede. Quando bateu, loucura total no Maraca. Eu, doidão, descalço, tomando chuva o segundo tempo inteiro. Valeu muito a pena. Não tinha jeito melhor daquele jogo acabar, até porque pouco tempo depois proibiram a cerveja no Maraca.

Na Taça Rio, o Flamengo não quis muita idéia e se ligou mais na Libertadores. Novamente enfrentaríamos o botafogo na final.

Eu não consigo trabalhar em dias de jogo do Flamengo. Em semana de final, também não. Fico nervoso, não consigo pensar em muita coisa, só consigo torcer pros dias da semana passarem bem rápido. Na semana do primeiro jogo, falaram muito que o Flamengo tinha que aproveitar os diversos desfalques do botafogo, porque no segundo jogo o Flamengo jogaria cansado da Libertadores e contra um time melhor que ele. No primeiro jogo, “só” 1x0. No segundo, Burno engoliu um frangaço e fomos pro intervalo com 0x1. Logo no início do segundo tempo, Obina empatou (nesse momento o Flamengo jogava com 4 atacantes: Souza, Obina, Tardelli e Marcinho). Depois, Tardelli decidiu com um gol e uma arrancada no final do jogo pra presentear o Obina com o terceiro gol. Mais uma vez o botafogo saiu chorando do estádio e querendo tomar o posto de sempre vice do meu Mengão.



Por ter vivido o dia a dia do Clube durante toda a competição, coisa que sempre sonhei, pelo gol do Tardelli na final da Taça Guanabara (que foi melhor do que os jogos finais) e por ter sido o último Campeonato Carioca com cerveja dentro do Maracanã, elejo o campeonato de 2008 como meu Carioca inesquecível. Lembrando que o de 2001 não conta.

5 De cara nova

O Arquibar está repaginado.
Prestes a completar 1 ano de existência em fevereiro, o blog já ganhou uma nova cara e está com tudo preparado para começar o Carioca-09.
A promessa fica para o conteúdo de vídeo que tentaremos fazer. Vamos conseguir!

Para entrarmos no clima do Campeonato Carioca criamos os capítulos "aquele campeonato carioca de...", onde falaremos dos nossos estaduais inesquecíveis.
Será um texto por dia, e no fim de semana começam as provocações normais.

19/01 - Jorge Iggor [Botafogo]
20/01 - Fernando Lima [Flamengo]
21/01 - Fábio Sá [Fluminense]
22/01 - Leo Valpassos [Vasco]



Aquele campeonato carioca de 1997
Jorge Iggor - Botafogo

O ano era 1997. Me lembro com carinho de cada emoção vivida naquele Campeonato Carioca, o primeiro que realmente acompanhei. Naquela época, a televisão mostrava os principais jogos, mas não fazia a mesma cobertura dos dias de hoje. Não existia pay-per-wiew e os clássicos não passavam na TV aberta. Então, o rádio foi meu grande companheiro em toda a competição.

Reservas do Bota comemoram o 1 x 0 no Flamengo


Matéria reservas do Botafogo 1 x 0 titulares do Flamengo

Dois jogos em especial tem lugar reservado na minha memória. O primeiro foi a decisão da Taça Guanabara. Vale lembrar que aquele campeonato teve três turnos. Os dois primeiros foram vencidos pelo Botafogo e o terceiro pelo Vasco. Depois disso, os dois clubes fizeram a grande decisão.

Mas, voltando à final do primeiro turno, o Botafogo chegava ao último jogo com 100% de aproveitamento (11 vitórias em 11 jogos). Passei o tempo inteiro ao lado de meu avô torcendo, quase em silêncio, pois a tensão tomava conta.

Mas, aos 32 minutos do segundo tempo, Gonçalves mandou a bola pra rede. Me lembro de ter comemorado bastante o gol do Túlio no Brasileiro de 95, mas esse gol teve um gostinho muito especial. Foi a primeira decisão que vivi intensamente. Foi meu primeiro grito, de verdade, de "é campeão".

Mas nada estava ganho. O Botafogo ainda teria que enfrentar o Vasco na grande decisão do Estadual. O dia era 8 de julho. O time entrou em campo com:

Wagner; Wilson Goiano, Jorge Luiz, Gonçalves e Jefferson; Marcelinho Paulista, Pingo, Djair e Aílton; Bentinho e Dimba. O filme foi bem parecido com o da final da Taça Guanabara. Primeiro tempo sem gols, o que só aumentava o nervosismo.

Globo Esporte - Botafogo Campeão de 1997

Veio o segundo tempo. O gol não saía e a torcida do Vasco, em maior número no Maracanã, empurrava o time pro ataque. Mas, como tudo naquele ano parecia a nosso favor, o gol saiu aos 33, com Dimba. Aliás, um golaço. Depois de ter visto a bola na rede, me lembro apenas do abraço apertado em meu avô, grande responsável por ter me tornado alvinegro, e dos vizinhos botafoguenses enlouquecidos em suas janelas. Era o meu primeiro título carioca. E com gostinho de revanche, pois devolvemos a dança da bundinha ao Edmundo. Isso se falar nas gozações na escola. Sacanear os flamenguistas e vascaínos sempre foi muito bom, desde os tempos de menino. Já os tricolores passavam batido.

Sempre tive dó...

Em todas as vezes que o Botafogo venceu a Taça Guanabara se sagrou também Campeão Estadual. Nove anos depois, a história se repetiu. Ganhamos do América no primeiro turno e demos a volta olímpica em cima do Madureira. Mas isso fica para um próximo post...

18/01/2009

1 Estamos em obra

Estamos em obra para melhor servi-los.


14/01/2009

7 Como está o seu time pro Carioca?



Vai começar o ano. (Aliás, quando? Chega de jornal mostrando treino, treino, treino.) Só parei hoje pra pensar nos times desse ano, depois de tanto vai-e-vem, porque agora finalmente parece que os times estão ganhando a cara que deve ser a do primeiro semestre. E confesso que não fiquei nem um pouco empolgado. O Rio de Janeiro parece mais uma vez um campeonato de ex-promessas e renegados, uma doce ilusão para as torcidas. Minha opinião sobre os elencos:

Fluminense: entra ano, sai ano, o time muda quase 100%. Difícil pensar num planejamento de longo prazo assim. Concordo que não dá pra segurar os jogadores que se destacaram muito (Thiago Neves, Thiago Silva, Washington), mas não é possível que essa seja a regra todo ano: saem 15, entram 15. As novas caras são promissoras? É, até são - Leandro Amaral é bom atacante, Leandro é bom lateral, Diguinho é melhor do que tínhamos de volante até então. Conca ficou, a zaga me parece regular, então dá pra ter um pingo de esperança. Continuam faltando um lateral direito (será que o Mariano joga bola?), um meia pra ajudar o Conca e um centro-avante fazedor de gol. Sem isso, o time é só mediano. Pra sair de mediano, só se trouxer de volta a tal bomba-créu que estão anunciando, mas que eu acho muuuuito difícil.

O botafogo pra mim está no limbo, entre um time fraco e um time médio pra bom. O fiel da balança será a contratação do Renato, bom jogador que pode dar ao time uma linha-mestra interessante com Juninho-Renato-Reinaldo. O resto é cabeça de bagre compondo elenco. Portanto, na minha opinião, se trouxer o Renato, o botafogo se credencia a disputar o título. Se não trouxer, esquece. É isso mesmo: no Carioca, até Renato pode ser o fiel da balança.

O framengo me parece o time mais arrumado. Continua sendo o time mediano que teve altos e baixos no ano passado, e só isso já é uma vantagem. Tem uma zaga boa, dois laterais que apóiam bem, mas faltavam um meia e um atacante. Ibson sozinho não resolve, e nem o Obina. Pois bem, chegando o Zé Roberto, resolve-se o primeiro problema. O time fica mediano pra bom. Pra ficar redondo, falta um atacante de respeito, que até poderia ser o Josiel, caso ele resolvesse achar o futebol que perdeu quando saiu do Paraná. O Cuca é bundão mas é malandro, e acho que vai saber usar muito bem o elenco que tem na mão. Diferente da época do fogão, ele tem peças de reposição e joga com a torcida a favor (no clube de niterói ele não tinha torcida nem nas finais).

Já o vasco é a incógnita. Trouxe duas cartas marcadas, que se têm bom futebol, têm também apetite pra zoeira. Se eles resolverem fazer zoeira dentro de campo, pode-se dizer que o vasco terá um time. Do contrário, se Leo Lima e Carlos Alberto fizerem o que têm feito nos últimos dois anos, pode esquecer. Começa a treinar pra Série B porque o Estadual não vai dar. O trunfo do vasco está no banco - chama-se Dorival Júnior. Esse é mais malandro ainda que o Cuca, e com certeza tem tudo pra dar jeito no vasco. Resta saber se o par de gaiatos vai deixar o cara trabalhar.

Como o que me interessa é o Fluminense, eu penso assim: do jeito que está, vamos ter que treinar mais, correr mais e entrosar mais rápido do que os outros. Ou isso ou traz a bomba-créu. Ou, o que seria ideal, as duas soluções.

PS: Gustavo, esse time que você escalou do vasco realmente é bom pra caceta. Me arrisco a dizer que é o melhor time da história do vasco. Eu confesso não ter visto (vivo, a cores, no Maraca) um time do Fluminense melhor do que esse. Mas na história, não tem comparação. Os 11 do Flu são incomparavelmente melhores do que os seus 11 (sejam os que você viu ou os da história do vasco). Se quiser, comparamos.

Saudações Tricolores

Fábio Sá - Fluminense

12/01/2009

6 Eu vi jogar


Talvez seja pelo espírito de início de ano que sempre faz a gente relembrar o passado. Talvez seja pelas quantidades de contratações que o Vasco está fazendo e que não necessariamente quer dizer qualidade. Talvez seja pela possível aposentadoria do Edmundo e até quem sabe por outro motivo que eu não sei explicar e nem o advogado do Daniel Dantas saberia defender.

A questão é que volta e meia vem uma discussão de bar, ou até dentro da minha cabeça, sobre qual foi o melhor time que eu vi jogar do Vasco. Mas não necessariamente um time em que todos os jogadores atuaram juntos, e sim um time formado pelos melhores de cada posição que eu vi jogar no meu time de coração. Então, escalei o meu time do Vasco, e para não ser injusto com os "merdas" que passaram pelo clube, também montei a pior seleção de São Januário.

Saudades de alguns. "Volte nunca mais" para outros.

O melhor time:
Carlos Germano (Nosso goleiro de seleção)
Vagner (Meio-campo improvisado na lateral da Libertadores. Categoria de sobra)
Ricardo Rocha (Xerife número 1)
Mauro Galvão (O melhor zagueiro da minha geração)
Felipe (Um dos jogadores mais difíceis de marcar)
Válber (Se não fosse maluco, teria vida longa na seleção)
Juninho Pernambucano


Juninho Paulista (Um dos poucos que jogava pra frente)
Dener (Uma habilidade tão rara que foi driblar lá em cima)
Edmundo (Garra, categoria e coração vascaíno. Se tivesse que resumir, diria para ver o gol contra o Manchester)
Romário (Só o melhor jogador que eu vi jogar)
Técnico: Alcir Portela (Que assim não compromete. É só mandar jogar)

O pior time:
Tadic (Mais difícil que falar sérvio, só esse cara defender uma bola)
Claudemir (Típico jogador que não sabe o que fazer com uma bola)
Jorge Luiz (Lembrado eternamente pelo rebaixamento)
Eduardo Luiz (Mais um nome que não darei para o meu filho)
Rubem Jr. (Conseguiu ser o pior de uma safra péssima)
Ygor (Ou como diz um amigo meu também vascaíno: Ygonorréia)
Nasa (Se não tivesse cabeça, jogaria melhor. O pior é que esse cara deve tirar onda até hoje que tem 2 Brasileiros e 1 Libertadores)
Alan Dellon (Ruim demais!)
Fábio Baiano (Nossa senhora!!!)
Anderson (Imagine um Jardel piorado)
Valdir Papel (Preciso lembrar da final da Copa do Brasil?)
Técnico: Dário Lourenço (Como técnico dava um ótimo dublê do Frangolino)

Convoco aqui os meus companheiros de Arquibar para também montarem os seus times dos sonhos com os jogadores que viram jogar em seus times. E você também, leitor.
Botafoguenses, não desistam antes de começar, por favor.

Leo Valpassos - Vasco

09/01/2009

6 Tédio


Meu primeiro post pós-reforma ortográfica. Então nem o Word corrigirá todos os meus erros.

Começo de ano pra quem é fanático é o período (com ou sem acento?) mais chato. Nada acontece, só um vai e vem de jogadores que não emociona ninguém. [nostalgia on] Lembro do Vasco tomando o Romário do Flamengo no fim de 99, do Botafogo apresentando Bebeto, do Flamengo com Denilson e Alex e do Fluminense com Rogerinho, Ronald e Borçato [nostalgia off], hoje fico feliz com Carlos Alberto e uma penca de jogadores sem currículo algum.

O Flamengo perde o Ronaldo e não tem plano B, o Botafogo não é ninguém há muito tempo, o Vasco parece ter troca seis ou meia dúzia e o Fluminense pegou Jailton.

De novo, quem fez a melhor contratação no Rio não foi quem contratou, foi quem segurou. O urubu ficou com o mesmo time e o Fluminense (que sonha em ser um Vasco) segurou o Conca e pegou os Leandros da Colina. O Vasco, se fez bem ou não, só saberemos dia 24 de janeiro (dia que não chega nunca).

Mas janeiro é tão chato que inventam essa Copinha pra gente ver. 88 times, mais de 1000 jogadores por rodada e gol pra caramba. Também, me botam um atacante de time grande, que treina todo santo dia, pra chutar contra um goleiro que nem tem o que comer, vai de ônibus do nordeste até são paulo, pra jogar em um campo de grama sintética (o campo deles nem grama deve ter). Copinha é coisa pra paulista ver.

Porém, tricolor adora falar que é o time do Rio com mais título. E é no salto ornamental também.

Ficam meu votos para que acabe logo esse período Elifoot e chegue logo o dia 24!

Gustavo Pessôa - Vasco

07/01/2009

8 Fornecedor x Parceiro


Férias terminando, finalmente vamos poder torcer novamente para nossos times no Carioca, Copa do Brasil e Brasileirão (Brasileirinho pra um dos nossos amigos). Enquanto nada de bom acontece e não temos motivos para zoar nossos adversários, vou escrever sobre algo mais "sério".

O vasco confirmou a troca de seu fornecedor de material esportivo no final do ano passado. A partir de 2009, passa a usar uniformes fabricados pela Champs, uma marca não muito conhecida.

A minha questão aqui é se vale a pena para um time abrir mão de um fornecedor excelente de relacionamento, fornecimento, parceria e migrar para um desconhecido, que nem site possui e que não tem experiência nenhuma no trabalho com times grandes.

Resolvi escrever esse post pois ontem, no primeiro treino do vasco após as férias, todos os jogadores estavam com o short e a camisa da Champs. E só. O meião e os tênis eram de quem? Da Reebok! O que teria acontecido? A Champs teve mais de um mês para preparar os uniformes do vasco, e nem o meião estava pronto. Enquanto isso, em 12 dias a Reebok fabricou todo o material pra abastecer o Cruzeiro

Os torcedores só pensam no dinheiro, mas quem está no dia a dia do clube deveria pensar em todas as questões que o patrocínio envolve. Além do dinheiro, a empresa deve, acima de tudo, ser parceira. Quando você tem um parceiro, como a Reebok é parceira dos clubes que patrocina, todo mundo lucra. Hoje em dia, no mercado brasileiro, o melhor fornecedor disparado é a Reebok. Ela lança lojas dos clubes, camisas comemorativas, em qualquer lugar que você vá você encontra as camisas do seu time...

Sem dúvida a Reebok pagava pouco ao vasco e a Champs está pagando muito mais. Mas, na minha opinião, o vasco deu mole de fechar correndo com eles e ainda terá problemas de fornecimento esse ano. Não digo que deveria renovar com a Reebok, mas deveria falar com gente mais gabaritada para fornecer seu material.

Sobre meu time, não gosto nem um pouco da Nike no Flamengo. O fornecimento é péssimo, lento, é muito difícil encontrar camisas nas lojas, às vezes até pros jogadores falta material. Ninguém da empresa vai ao clube com frequência, ninguém conversa com os jogadores para eles darem suas impressões sobre o uniforme, que é o que ele usa para trabalhar. Não é à toa que o Flamengo briga para sair da Nike e mudar para a Olympikus (marca da Vulcabrás, mesma empresa que comanda a Reebok aqui no Brasil).

Torço muito para que o problema do Flamengo se resolva logo e o Clube troque de fornecedor. Quero ter a opção de comprar camisa de manga longa branca, entre outros produtos, na loja, e não no Mercado Livre.

E você, prefere quem paga mais ou quem ajuda mais o seu time?

Fernando Lima - Flamengo

04/01/2009

2 Férias

Caros torcedores,

o Blog não foi esquecido, estamos só de recesso junto com nossos times. Essa fase de contrata/vende vai passar, o Carioca já está chegando e o Arquibar volta com força total e com novidades.

Aguardem!!!
Sugestões também são bem-vindas.

Equipe Arquibar