
Excepcionalmente, não estou aqui pra falar do Fluminense. Usarei o clube como exemplo, mas isso vale para todos, inclusive o vascu, o graaaande fogão e os sem-dentes.
Muito se falou do Jaílton. Na boa, desculpem meu linguajar, mas foda-se o Jaílton. Quem aturou Ygor, quem tem Romeu no time, sabe que Jaílton é mais um ‘quadrúpede de chuteiras’ à disposição do técnico que, por sinal, foi quem pediu sua contração (é, René, tava indo bem demais antes dessa...).
O pior não é ter Jaílton no time. É constatar que ele foi trazido pelas mãos de um empresário que eu acreditava ser uma persona-non-grata no clube. Um empresário antiético e inescrupuloso, que tramou um dos episódios recentes mais ridículos ao levar o Diego Vagabundo Souza pro Benfica, saindo pela porta da frente do clube, com direito a aplausos no jogo de despedida, só para em seguida trazê-lo de volta pro Brasil, numa negociação na calada da noite com o flamengo. Coisa de moleque. Na mesma época, foi levado o Toró, então promessa das divisões de base, que no clube da beira da lagoa virou mais um da populosa raça dos quadrúpedes de chuteira.
Foi essa mesma figura que trouxe o Fabiano Eller pras Laranjeiras, em 2005, numa negociação difícil, com direito a apreensão de passaporte no Oriente Médio. Foi mais um que saiu sem nem dar adeus, no meio do campeonato, mais uma vez na calada da noite.
Não dá pra reclamar. A culpa é dessa diretoria promíscua, que sempre apoiou a pior raça de dirigentes (Eurico, Caixa D’Água, agora Rubinho), e é a primeira a abrir as pernas pra essa raça que hoje te ‘ajuda’ intermediando uma negociação aqui, e amanhã te fode te passando a perna numa negociação ali.
Clube de futebol na minha opinião é empresa, com obrigação social de dar lucro para se manter e para crescer. Gera empregos diretos (muitos) e indiretos (muitos mais), por isso tem uma responsabilidade enorme. Se vocês concordam com isso, devem concordar também que empresas sérias não podem fazer negócios escusos, negócios que envolvam outras empresas que não tenham caráter nem critério. Minha avaliação é simples: eu confio, até que você me prove o contrário – mas, perdeu a confiança, pra reconquistar é uma m... São negócios, e no mundo dos negócios não há espaço pra trairagem nem safadeza – uma hora a casa cai.
Mas como esperar algo diferente de uma diretoria arreganhada?
Diretoria que eu imaginava ter vetado esse cara do clube depois desses ‘balões’, mas só hoje (haja ingenuidade!) fui descobrir que ele tem Somália, Berna, Maurício, Alan e Elias entre os profissionais, além dos juniores Felipe, Fernando Bob, Geibson e João Paulo, sem contar com o animal do Ygor (vade-retro!) e o Cícero (que foi muito bem, por sinal).
Pois fica aqui uma promessa. Quando eu for presidente do Fluminense, jogo com os juniores, jogo com jogador meia-bomba, perco de WO... mas não faço negócio com quem me apunhalou no passado.
Não aceitaria Diego Souza, Toró, Roger e Fabiano Eller de volta nem de graça, nem que eles pagassem pra jogar nas Laranjeiras. Torço pra eles quebrarem as pernas ou morrerem de enfarte em todos os jogos deles. E ainda mandaria embora todos os 9 (nove!!!) jogadores que ainda estão no Fluminense.
PS: há alguns anos fui pego de surpresa com uma pergunta, numa festa, sobre qual era a minha opinião sobre esse empresário, que eu não me indigno a pronunciar o nome. E errei ao expor publicamente as minhas opiniões, dessa forma transparente e direta como sempre faço. Eu deveria ter sondado o porquê da pergunta, e ali não era o lugar nem momento pra críticas ásperas. Pois bem, falei tudo o que penso do cara, e fiquei com cara de tacho quando o meu interlocutor se apresentou como sendo filho dele. Pois é, pedi desculpas. Não mudo uma vírgula da minha opinião sobre o (anti)profissional que ele é, mas isso não é coisa que se fale a um filho. Acho que o filho entendeu e me desculpou – ali não era mesmo o local. Mas aqui no Arquibar cabe – ele é uma figura pública e aqui é um espaço de discussão de futebol.
Saudações Tricolores
Fábio Sá – Fluminense