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18/12/2008

5 Pós-Mauro Galvão



A primeira vez que eu vi o Sérgio Noronha falar algo útil foi no jogo Vasco x Ipatinga: "Essa defesa do Vasco consagra qualquer ataque". Infelizmente, aquela bolinha de carne com o microfone da Madonna tem razão. A zaga do Vasco virou piada há um tempo. Jorge Luiz, Eduardo Luiz, Vilson, Fernando, Luizão, Odvan, Fábio Braz, Eder, Ciro, Vergara, Júlio Santos. E todos aqueles nomes que já xinguei a mãe na grade de São Januário.

O foda é que nós vascaínos sofremos de uma ressaca pós-Mauro Galvão. Vimos esse xerife comandar a zaga numa época mais que vitoriosa. Um zagueiro que nem tinha um grande porte físico, mas que se posicionava como ninguém. Quantas vezes ouvimos "Tira Mauro Galvão!", "Se antecipa Mauro Galvão". E até no ataque: "Mauro Galvão desvia de cabeça, goooolllll!!!". Foi ele que levantou a taça da Libertadores e nossos corpos na arquibancada vibrando com mais um título. Sem contar que o cara levou o Odvan pra seleção. O Odvan!

Trabalhei uma época com o filho do Mauro Galvão, que era ilustrador, e uma vez o capitão foi lá na agência e perguntou se a gente não tinha uma pelada da galera para ele participar também. Imagina... Tudo para eu refletir e ter mais uma vez a certeza de que se o Mauro Galvão entrasse em campo com seus 475 anos jogaria melhor que todos esses Luizes que infectaram a zaga do Vasco nos últimos tempos.

E olha que o Mauro Galvão não foi o único grande zagueiro que tivemos. Bons tempos de Ricardo Rocha e Alexandre Torres, por exemplo. Sem contar todos os zagueiros que meu pai fala quando está vendo o jogo do Vasco: "Bom mesmo era o Bellini, meu filho".

Pois é, pai. Esperamos que Dorival Jr. e Roberto Dinamite montem uma zaga à altura do Vasco antes que ela vire tema de stand up comedy ou enredo do Cilada. Porque de um tempo pra cá, ela só está servindo para eu saber os nomes que não darei para o meu filho.

Só mais uma coisa: quem foi o infeliz que deu uma bola de presente pro Jorge Luiz quando ele era criança?

Leo Valpassos - Vasco

5 comentários:

André Miranda disse...

Fala meu garoto!
Esse time do Vasco de Mauro Galvão foi clássico! Apesar flamenguista, lembro com muita saudade dos gritos de "MARICÁÁÁ!", proferidos por Antonio Lopes à beira do gramado, o golaço do Edmundo contra o Manchester, Mauro Galvão e Luxemburgo babando ovo do Odvan, sem contar que nessa época todos os confrontos entre os dois times terminavam em goleada, maior pelada da face da Terra.

Muito bom o texto, continue assim.
Abraços!

Pascarella disse...

Grande Leo!
Parabéns belo belo blog e meus pêsames pela zaga do Vasco.

Eu sempre achei que zagueiro bom deveria ter 2 nomes. Mas a atual safra que você descreveu derruba minha teoria.

Vou acompanhar o blog de perto, mas o seu time não.
Abração!

Gustavo Pessôa disse...

Nós vascaínos somos mal acostumados. Principalmente as pessoas da minha geração.

Nós nunca tivemos problema com goleiro. Carlos Germano - a lenda, Fábio e Helton formaram uma década de bons guarda-redes. A zaga eu nem comento. Até lateral que nunca foi nosso forte, a gente era abençoado.

Agora viver com os zagueiros de hoje e com goleiros "que batem falta", tá foda!!!

Aquele cara do X-Men disse...

A impressão que eu tenho é que um bom zagueiro costuma ser artigo de luxo nos times desestruturados como o Vasco. Eles primeiro pensam em atacantes, no meio, onde têm jogadores mais chamativos quando o assunto é contratação, e esquecem de por um cinto de castidade pra ninguém abusar da parte de trás. O Vasco há tempos não tem condição de investir num elenco que seja coerente em todas posições. Espero que esse tombo faça o Vasco ser administrado com mais seriedade daqui pra frente!

Bom seu texto, cara! Que venham novos posts,.abraço!

Anônimo disse...

É, André, tempo bom aquele. Olha que o Maricá era reserva naquele time e tinha vaga fácil no atual.
Se der mole, até o Felipe Alvim (lembra, Gustavo???) tinha um espaço ali pela direita...