3 Na zona

Dormir na zona de desconforto é foda.

Lá em cima o Botafogo brigando pelo G4 e o meu time pelo -4, tá errado. Isso não é a ordem certa. O Fluminense tá no lugar certo, o Vasco não.

Vou chorar um pouco hoje aqui, só um parágrafo, prometo. A arbitragem nos jogos do Vasco tá de brincadeira. Hoje o cara expulsou corretamente o Jorge Luiz e o Roberto, não vou chorar esses vermelhos, mas pra quem viu o jogo reparou que o camisa 8 do time do nordeste só batia. O cara tomou o amarelo, continuou batendo e ninguém tirou ele de campo. Sem ele em campo o jogo seria outro. Enfim...

Falar alguma coisa quando o time ta na parte da tabela que o jornal marca em vermelho é complicado. É um misto de medo com esperança - vamos virar. Será?

As vezes penso no Grêmio, caiu e voltou correndo no ano seguinte. Foi pra Libertadores de cara, chegou na final só perdendo pro Boca. Esse ano é o favorito pro título brasileiro e ano que vem estará na Libertadores com certeza. Será que vale a pena dar um passo pra trás, pra dar dois pra frente?

Acho que no caso do Vasco não vale, não acredito que precisamos cair pra dar dois passos pra frente. Podemos não dar passo algum hoje e tentar dar um, pelo menos, em 2009.
Mas o Vasco tem um problema maior, um problema onde as pessoas de dentro do Vasco (leia-se dirigentes) não encaram o clube como um time de futebol, eles olham o clube como um cargo político. Brigam por um cargo e não por fazer o Vasco escrever mais um capítulo na sua história.

A turminha do Dinamite transformou o clube numa anarquia, fica o fantoche lá na social e os
outros dirigentes mandando e desmandando, até o fantoche ver e querer desmandar. A turminha do Eurico fica tentando botar "água no chopp" do Dinamite. Eles devem olhar o clube como algo maior que qualquer cargo, eles estão mexendo com a paixão das pessoas.

Nem o Vasco e nem nenhum clube pode ter esse tipo de briga, é hora de todos se juntarem e brigarem pelo Vasco. Não o Vasco da turma do Roberto nem da turma do Eurico. O Vasco do Gustavo.

Não vamos cair. Somos incaíveis.

Gustavo Pessôa - Vasco