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07/07/2009

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Vasco
A percepção do futebol que se joga no Brasil vem mudando há décadas. Todo mundo sabe que já se foi o tempo que todos os craques da seleção jogavam aqui. Desde a época que se escrevia “telephone”, que as pessoas iam pro trabalho de bonde, que imitar o James Dean era legal e que o Botafogo tinha time.

Então crescemos vendo lances no programa “Gol. O Grande Momento do Futebol”. Ponte Preta de 77, XV de Jaú de 73, América de 60 e Botafogo de 10. E também nos acostumamos a ouvir nossos pais comentando “Ah, que saudade do Ipojucan.”, “Bom mesmo era o Telê Santana. Como jogador!”, “E o Zizinho, hein? Que craque!”.
Só que alguns tiveram o privilégio de ver grandes jogadores, até mesmo craques, em ótimos times. E eu me orgulho de fazer parte desse seleto grupo que viu seu próprio clube ter um grande time. Então acostumei ir ao estádio ver Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano, Mauro Galvão, Carlos Germano.

Mas hoje em dia um Philipe Coutinho da vida é vendido na ultra-sonografia, e mal temos a oportunidade vê-lo jogar com a camisa do nosso time. E onde está a saída para a carência de grandes jogadores feitos em casa ou não que se tornam caros demais?

A saída é a nossa satisfação com jogadores “bonzinhos”, jogadores “ah, pelo menos ele não faz merda”, jogadores esforçados. Se me perguntarem se fiquei contente com a permanência do Carlos Alberto eu responderei sim e não. Não, porque o cara não está rendendo tanto assim e acaba jogando uma a cada duas partidas. E sim, porque sem o Carlos Alberto esse time do Vasco ficaria ainda mais limitado e pior sem ele. Pelo menos até encontrar um substituto.

Agora, seja com ou sem Carlos Alberto, sábado estarei lá em São Januário com certeza. Mas que a referência de bom time mudou, ah, isso mudou.

Leo Valpassos - Vasco

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